" Afasto-me de tudo aquilo que eu quero
Abdico de quase tudo um pouco
Nego até o resto de pó que chamam de gente
Felicito-me por ver apenas o que é teu
Realizo-me em tuas conquistas
como se realmente não houvesse mais eu
Destrata-me por muitas vezes sem razão
Destruo-me por dentro por não mostrares retorno
Mas calo-me e abdico do meu direito de fala
Porque na verdade todos os direitos são teus
Porque nada aqui é meu
Porque não há nada no mundo
que faça-me tão bem quanto isso
Realizar-me em ti como tinha feito outrora
A minha fome não fala mais alto que a tua
A minha sede é desnecessária perante o teu desespero
O meu pão nunca foi meu
Dar-te-ei como forma de prova do que faço
a maior parte daquele que pulsa
Negarás como forma de que não mereces
E eu me nego novamente pela tua negação
Vai, mas volta, filho."