terça-feira, 19 de julho de 2011

Caio e Ygor

"É  o cara que está sempre comigo,que vive tudo comigo,que chora e sorri comigo...não falo de um ser surreal,não falo de algo espiritual,falo de algo que vai muito além do espírito e do sangue,da carne,do osso. Apresento-lhes uma ligação que é adimensional,simplesmente se coloca numa brecha entre tempo e espaço, justamente para que não possa ser medida,quantizada ou coisificada. Eu tô falando do meu brother,do cara que me conhece desde que eu sou gente,que me faz ser gente,na alegria ou na tristeza,na saúde ou na doença sem precisar se casar pra isso. Eu falo do cara que simplesmente viveu tudo que eu vivi,que sofreu quase tudo o que eu sofri e que sorriu e sorri quando eu sorrio. Apesar das diferenças discrepantes,que hoje nem são tantas,o que se dá entre nós é muito maior do que a pesssoa que cada um de nós é. Nós somos "os caras que não abrem pra ninguém"...somos aquela dupla inseparável e possuímos uma relação de mutualismo...um não vive sem o outro. E eu que nunca acreditei que um dia eu poderia dizer as palavras que estou proferindo agora,falo,falo e falo e nenhum texto é capaz de dizer nem 1% do que eu sinto...como eu já disse é adimensional. Meu irmão,que você possa estar sempre ao meu lado véi,simplesmente porque a sua frequência me fortalece e eu sei que a recíproca é verdadeira. Nos tornamos comuns separados,mas juntos somos a dupla dinâmica,Caio e Ygor,os indesejados,os queridos,os maloqueiros,os odiados...o que importa é o "somos" né não? Isso não chega a ser nem uma homenagem,porém deixo esse texto dedicado à Ygor Machado Nascimento, meu brother de sangue,de cabeça e de sentimento. " E se eu fosse o primeiro a voltar pra mudar o que eu fiz quem então agora eu seria?"- Los Hermanos( O  velho e o moço).

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Anagramas

"Eu tava aqui,estava ali,rodopiava pra lá e pra cá...aquela rede abrigava a mim e aos meus sentimentos. Falo assim porque os sentimentos já não se misturam mais ao meu ser...pelo menos por enquanto....Não acredito de forma alguma em destino ao contrário dos gregos antigos,dispenso essa tal de previsão e adoto o factualismo...o que fazemos é o que nos faz,só e simplesmente isso. Por enquanto tento me centrar politicamente,refazer,reformular e criar novos modos de pensar...temos que ser metamorfoses ambulantes,em constante desenvolvimento e EVOLUÇÃO. Além de não crer no destino a análise dos fatos me faz notar uma tendência,uma probabilidade maior,uma pré-disposição...na verdade uma moda. A partir das vivências,dos encontros e desencontros dessas esquinas desertas e povoadas da vida, eu acho por um momento que possuo uma carga que por vezes me impede de me dar bem em algumas coisas...essa caraga que lota a minha mochila da experiência quem sabe não tenha que sofrer um backup e ser colocada no mais íntimo subconsciente,no mais apertado e pequeno bolso dessa bolsa que é a vida. Eu não quero esquecer quem eu sou e de onde vim,só quero saber pra onde eu vou...estou conseguindo aos poucos notar que aquela luz que rodopiava e minguava no texto "Sou eu,por enquanto" se apagou totalmente...isso não quer dizer que o túnel acabou ou que as minhas chances morreram,o que acontece é que simplesmmente consegui notar que não preciso daquela luz pra me guiar. Não poderia continuar e nunca quis seguir a luz ou o rastro que alguém deixou...já fabriquei minha própria luz e continuo a emanando pra quem tiver meio perdido como um dia eu já estive...não sigo ninguém,faço a minha história sabendo que a mudança é constante. Faço do papel que depois vem a se tornar esses textos o meu exorcista...vou expulsando os demônios que pairam sobre minha mente que já não mais se atormenta. Está mais perto, a cada dia que se passa, a próxima primavera que completará as 17...é por aqui ou por ai que eu vou seguindo e quem sabe nem todos os caminhos me levem ao mesmo lugar. Desejo o Kaizen pra todos nós."

terça-feira, 5 de julho de 2011

SUBsaudade

" Mais uma vez descrevo a paisagem que me chega aos olhos...casas confortáveis,camas confortáveis,boa iluminação,esgoto e sorrisos aos rostos...essa é só uma pequena parte da minha cidade,da minha casa,minha paisagem.
  Pessoas sem dente que insistem em mostrar as falhas bucais,que insistem em sorrir,que insistem em ser felizes de alguma forma apesar de tudo...esquinas povoadas,meninos de brinco,meninos de terra,da terra,pessoas de barro,esculpidas sem muitos detalhes...simplesmente feitas.
    Submundo,subalimentação,submoradia,subcuidados e subfelicidade...esses são os "subs" que quero mostrar,apresentar...quero apresentar ao mundo os SUBSTITUTOS...filhos que a Terra nem ao menos conhece. Falo da felicidade incondicional do rosto das crianças,falo do riso não forçado,da sinceridade bruta e dolorida que não permite a formação de imagens.
  Exponho aqui o conceito e a verdade de todos esses seres: somos todos fracassados,bem sucedidos,iguais...é do "somos" que falo.
  Não quero mais selvas de pedra e sim peladas na rua,bocas banguelas sorrindo,brincos nas orelhas...quero voltar a ser de barro,do bairro,sem muitos detalhes,apenas feito. Eu fui exposto ao mundo e tenho que voltar para a minha caverna para avisar aos meus subamigos que a banda toca outro som...eu quero ver as meninas sem pudor que lá habitam...eu quero,só quero.
  Vou comer biscoito Treloso e andar pelas ruas sem medo,com meus amigos por ai...someday."

domingo, 3 de julho de 2011

Sweet

A minha história vem sendo formada pela repetição dos dias.É impressionante como todo santo dia o sol insiste em nascer,seja por trás de nuvens que por vezes lhe ofuscam o brilho,seja num céu limpo,sempre está aparecendo para cortar ao meio a escuridão que poderia ser sem fim.Meu irmão...meus dias têm sido bons,tenho estudado,conhecido gente,feito prova,sido escroto e escutado Interpol.Eu não sei por qual motivo,razão eu venho me sentido bem assim e prefiro nem questionar,acho que eu mereço um pouco disso.Às vezes eu sinto que meus textos tomam um sentido melancólico onde não há melancolia.Eu tô precisando ainda dar umas conversadas com uns amigos que não vejo faz tempo,contar as minhas façanhas,proferir a minha história,escutar a deles e crescer como se faz a cada conversa.Eu sinto que eu me livrei de uma turbulência gigante que não me pertencia na verdade,ainda que por vezes uma ventania me apareça em forma de ligação que me mostra o quanto a paz de apenas viver é boa véi.Eu fico só rindo por aqui...só descobrindo umas coisas,só relaxando,só vivendo,numa boa,numa nice,numa melhor.Minha vida é aqui e lá...uma lado é meu relaxamento,o outro é meu refúgio sempre que eu preciso me desconectar...é onde todos os caminhos me levam.Descobri que eu sou mais ou menos aquele cara da música de Engenheiros do Hawaii,não sou belo mas tem sempre uma garota afim,descobri que sou o cara que canta Beatles e Los Hermanos...só não vou para uma guerra e tenho certeza de que poderei continuar usando cabelos longos...aliás,talvez já tenho ido para algumas guerras e ainda irei,porém as que fui,consegui sobreviver e as que irei quem sabe? Eu só queria saber por que ainda há essa insistência,esse escrotismo agudo de uma galera que não possui antenas,uma galera que não se liga das coisas que pede,que faz...meu irmão,eu acho que só com o tempo as coisas vão mudar,parar...É,as últimas postagens já se fazem distantes do que condiz o presente...parece que elas fazem parte de um passado distante...eu imaginava que não ia conseguir e na verdade eu não fiz nem esforço depois disso tudo,minha mente tem o poder de passar por cima véi...o que eu torço é simplesmente pela felicidade alheia,acho que todo mundo merece isso...acho que ninguém precisa sofrer tanto...de coração eu torço pela sua felicidade...O negócio é que eu tô como fala meu grande amigo Velôzo,num sweet tremendo véi...tô de boa,tô de coração.Vou finalizar com a dialética de Marx,dizendo que tudo muda e que a única coisa constante é a mudança.