Ah! como me lembro dos meus tempos de felicidade,que mesmo agora me batem à porta como lembranças fugazes,que muitas vezes vêm à minha mente como um relampejo. Me lembro agora da época que era feliz e não sabia,e que todo sofrimento que pensava ter não passavam de pressões sobre um imaturo.Como queria voltar a ser verde e até mesmo não conseguir notar minha própria felicidade,não que eu seja velho,com certeza não,porém com êxito mais maduro,mas que eu pudesse vivê-la novamente. Porque hoje me sinto um sistema em equilíbrio,o qual sempre admirei e tentei alcançar,e que hoje,tento me livrar do mesmo,pois me torna convencional e apóia o que MOMENTÂNEMENTE não quero ser. Um robô quase sem defeitos,ou que não se permite ser defectivo,quase inoxidável,desconfiado de tudo e todos sem ao menos ter a chance de acreditar. Nós,seres humanos,homo sapiens sapiens,homens que pensam que pensam,somos ao mesmo tempo previsíveis e máquinas aperfeiçoadas,talvez máquinas ultrapassadas,fora de moda. Com a teoria de que na falta de predadores haverá uma decadência na segunda ou terceira geração de uma população,por enquanto, entre nós,só consigo ver a decadência da moral e do respeito. Tardiamente percebo que o mundo não é feito de utopias,mas quem o molda somos nós e,por enquanto,os seres humanos mentem.Por enquanto ou para sempre. Com a mente ainda assombrada por alguns míseros fantasmas,que pela seleção naturo-neuronal conseguem sobreviver solitariamente assim como o seu dono,tento sobreviver e talvez viver,quem sabe.O prêmio é só para os que buscam e para os sortudos,por enquanto eu prefiro buscar.
Como chegamos a tal ponto? A ponto de ter que escolher QUAL DOS LADRÕES entrarão em nossa casa,PUTA MERDA VÉI,novamente me pergunto a que ponto chegamos. Com discursos que não servem de nada e apenas querendo usar as roupinhas da estação como acontece com muitos,esquecemos de que vivemos em um país onde o poder DEVERIA emanar do povo,esquecemos de que o poder se encontra nas nossas mãos e que com o passar do tempo ele se esvai por entre os nossos dedos, pela cegueira imensa que não nos deixa perceber o que é óbvio.Bora ver ai né galera, "Quem sabe faz agora,não espera acontecer" e " a gente abala as estruturas quando quer e se quiser",porém a massa dominada não questiona o seu domínio. É mas realmente não podemos cobrar um entendimento maior do povo,é a seguinte frase do ilustre Gabriel,o pensador: "Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá.A forma que escolhemos de fazer protesto foi totalmente errônea,mas AINDA dá pra mudar.
"Os prédios se levantam ao meu redor enquanto daqui do meu refúgio vejo a cidade crescer e endurecer novamente. Assim como o sol nasce a cada dia e ilumina os nossos corações enchendo-os de alegria para um novo dia; do meu refúgio,vejo os prédios se erguerem. E o sol já não chega mais ao meu canto,pela sombra que eles fazem e o meu coração não é mais iluminado e a energia não é mais reposta Eu acabo endurecendo como os cidades. Mas assim que se chega uma tarde de domingo e a melancolia do dia do sofrimento abate a minha alma, sinto que estou vivo,ainda e apesar de tudo... É...é na tarde de domingo que planejamos e decidimos as metas que não serão cumpridas pela fraqueza que nos abate; do meu lugar vejo mais prédios se levantando fabricando uma muralha que não nos protege mas aos poucos nos sufoca...Talvez a falta de privacidade pela proximidade das janelas foi a criadora do pudor,da vergonha... É...já estabeleci minhas novas mentiras; minhas novas metas!"