domingo, 10 de março de 2013

Duas cores

  Tá tudo calmo, sereno. O sol tá chegando na minha janela como sempre chegou, faz calor como sempre fez. As músicas são calmas, as conversas nem tanto e por enquanto nem tudo tem erro.
  O passeio pelos cantos é demorado assim como pelos meus pensamentos, que vão e voltam, rodopiam em minha mente e desaparecem como poeira ao vento...mas tudo bem, é melhor assim, mais tranquilo.
  Tenho andado distraído por trilhas antes desconhecidas, porém por mais que eu rode acabo sempre no mesmo lugar, nas mesmas letras, no mesmo calor e sol. O pensamento é um imã...
  Ontem eu vim na janela do ônibus, deixando o sol e o mar para trás, mas nunca a simplicidade das coisas pequenas. Vim na janela levando vento na cara, tirando cochilo, olhando pro mato, absorvido pelos meus mais profundos pensamentos.
  Bom foi quando eu não pensei em nada dentro do mar, absolutamente nada, apenas a notória sensação de um vazio extremo em minha mente, me fez bem e eu quero de novo, eu quero sempre.
  Eu não quero ser chamado de vagabundo, embora minha alma seja, não quero ser quem não quer nada, quando o que eu mais quero é não querer nada. Não quero ser acordado de um sonho que eu nunca vivi, embora faça dele o meu ideal decaído.
  Por enquanto o que me resta é rumar, não vagar, e ter destino e futuro, não vagabundar...infelizmente. Não quero mais me desmentir, quero me perpetuar.

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