quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

CIDA

" É... daqueles almoços compridos,que pareciam eternidades, e diga-se de passagem que eram eternidades gostosas de se viver,de se vivenciar...hoje não passariam de míseros 40 minutos passados com a correria.
É do suco "só depois do almoço pra não encher a barriga e comer tudo",que eu me lembro hoje,que eu sinto hoje,que eu choro hoje. E por que não falar das novelas à tarde, de quando não tínhamos obrigação de ser felizes, mas o fazíamos por pura vontade,por puro acaso,por livre e espontânea insanidade.
Das brigas e pedidos de desculpa,dos "vou contar a sua mãe", e dos sonos pós almoço,das babadas no travesseiro e sem me esquecer é claro do lanche às 4 da tarde: Biscoito treloso e suco de tinta. Consigo ver como se fosse hoje os "tchau" dados da grade do térreo,sem ao menos ter a oportunidade de saber que logo mais tarde essas palavras se perderiam no ar como um espirro.Que saudade tu me deixas... como um canário tento cantar pra espantar minha saudade,pra esconder minha dor por não conseguir voar nas asas do passado,por não mais te ter.Saiba que te amava desde oito dias de nascido,te amei até os 13,e continuarei te amando até morrer. Em nome de Caio e Ygor, fica essa singela homenagem."

Texto dedicado à Maria Aparecida de Lima Sales, CIDA,minha mãe preta.

6 comentários:

  1. Que fofo....tenho saudades de Cida também...marcou minha rápida infância...

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  2. PORRA ESSE SEM DUVIDA FOI O MELHOR CARAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

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  3. foi po,eu nao te disse que eu to morando com eu pai há dois anos e meio,já faz esse tempo que ela saiu.

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  4. Eu lembro dela :~
    Fora a tristeza do texto, as palavras foram bem escolhidas e aplicadas. Parabéns!

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